A fragmentação da classe trabalhadora é um dos maiores desafios apresentados atualmente como fator prejudicial às lutas. Em tempos de pandemia, isto se agravou por conta do distanciamento imposto para evitar a contaminação pela COVID 19, que ataca a humanidade em 2020 e 2021.
Diante disto, a Pastoral Operária estadual de São Paulo tomou para si, a tarefa de reunir algumas categorias de trabalhadoras/es em encontros periódicos, para que possam apresentar as dificuldades no trabalho, reanimar a organização e articulação.
Nesse processo, foram reunidas três categorias: professoras/es, bancárias/os e trabalhadores da construção civil.
Professoras e professores iniciaram os encontros em agosto de 2020, quando foi elaborada uma carta aberta à sociedade, alertando sobre o perigo da volta às aulas antes do final da pandemia de COVID 19. A carta foi publicada em várias redes digitais. No mês de setembro, foi a vez das bancárias apresentarem informações sobre a realidade do trabalho da categoria. Em outubro, o debate foi sobre a categoria dos metalúrgicos, mas por ser o mês de celebrações da memória do operário Santo Dias da Silva, a conversa foi sobre a história da Oposição Metalúrgica em São Paulo destacando a memória do Santo Dias.
No mês de fevereiro de 2021, foi a vez da categoria da construção civil. Três trabalhadores em obras apresentaram a realidade difícil de seu trabalho. E a partir daí, foi também elaborada uma carta, para divulgar à sociedade essa realidade tão desconhecida.
Os encontros com as diversas categorias vão prosseguir, já tendo a perspectiva de encontros com domésticas em abril… e depois trabalhadores com arte, assistentes sociais e grupos de economia solidária.
Essas atividades são todas motivadas pela 6ª. Semana Social Brasileira, dentro do tema Trabalho e com os objetivos de: mapear desafios, animar, organizar e pensar as realidades para modificar as situações.
Texto: Antonia Carrara | Pastoral Operária de São Paulo
29 | 03 | 2021