Os Congressos Eucarísticos são realizados pela Igreja Católica em todo o mundo, e visam professar a fé e dar testemunho público da fé em Jesus Eucarístico. A primeira edição (o primeiro Congresso Eucarístico) ocorreu na França, cidade de Lille, no ano de 1881. No Brasil o primeiro Congresso Eucarístico Nacional (CEN) ocorreu na Arquidiocese de Salvador, Bahia, em 1933. As outras sedes foram: Belo Horizonte – MG (1936), Recife – PE (1939), São Paulo – SP (1942), Porto Alegre – RS (1948), Belém – PA (1953), Curitiba – PR (1960), Brasília (1970), Manaus -AM (1975), Fortaleza – CE (1980), Aparecida – SP (1985), Natal-RN (1991), Vitória – ES (1996), Campinas – SP (2001), Florianópolis – SC (2006), Brasília – DF (2010), Belém – PA (2016) e, no ano de 2022, a Igreja celebra o 18º Congresso Eucarístico Nacional CEN, sediado na Arquidiocese de Olinda e Recife, no período de 11 a 15 de novembro de 2022, teve como tema “pão em todas as mesas.”
A dinamização da acolhida, da partilha, do celebrar em conjunto, da compreensão de que as pastorais sociais caminham juntas, envolveu representantes de organismos e pastorais, quais sejam: pastoral operária, conselho pastoral dos pescadores, pastoral da saúde, pastoral dos nômades, movimento de educação de base, caritas brasileiras, pastoral do povo em situação de rua, comissão brasileira de justiça e paz, pastoral do turismo, pastoral do menor, pastoral da mulher marginalizada, pastoral da sobriedade, centro nacional de fé e política, pastoral carcerária, conselho indigenista missionário, comissão pastoral da terra, pastoral da pessoa idosa, pastoral dos surdos, pastoral da criança, pastoral dos migrantes, pastoral da aids e grito dos excluídos.
A coordenação da Pastoral Operária Nacional esteve presente durante todos os dias do 18º Congresso Eucarístico Nacional – CEN, através de Dom Reginaldo Andrieta, Marina Oliveira, Lucia Ângelo e Marcos Moura, assim como uma representante da Pastoral Operária de Recife, Leila. Ser presença nesse espaço de celebração da vida, acolhimento e abraço às irmãs e irmãos de luta e de caminhada, foi também sinal de resistência. Cada pastoral social e organismos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, trouxe sua alegria, criatividade, bandeiras e momentos de mística fortes em todos os dias do evento, que foram apesentados a quem visitou os estandes. Várias atividades aconteceram durante o 18º Congresso Eucarístico Nacional: simpósios, catequeses públicas, feiras de artigos religiosos e a feira das pastorais sociais do Brasil que trouxe atividades como rodas de conversas sobre temas importantes que suscitaram o compromisso de assumir lutas gritantes de nosso dia a dia, lançamento de livro, 6ª Semana Social Brasileira com o processo de construção do projeto popular parra o Brasil, o Encantar a Política, a Comissão Pastoral da Terra, com a denúncia da violência no campo.
A pastoral operária deixou sua marca na articulação com lideranças de dioceses do norte, nordeste e sul do país, apresentando o rosto de nossa pastoral através dos diálogos interpessoais com outras pastorais e lideranças eclesiais e leigas católicas e de outras denominações, dos materiais entregues e da roda de conversa com o tema Precarização do Trabalho, onde pode apresentar aos presentes, uma reflexão partilhada sobra a realidade que vivem nossas trabalhadoras e trabalhadores, encerrada com a fala de Dom Reginaldo Andrieta, nosso bispo referencial, cuja presença foi muito importante. Esteve conosco todos os dias do Congresso. Estarmos presentes com outras pastorais e organismos de nossa igreja do Brasil, neste evento fortalece o ânimo para continuar buscando uma sociedade de irmãs e irmãos livres das escravidões que nos atingem.
“Não existe pior pobreza material — faço questão de o frisar — da que não permite que se ganhe o pão e priva da dignidade do trabalho”. (Papa Francisco no encontro Mundial dos Movimentos Populares, 28 de outubro 2014).
Sigamos esperançando que o Pão seja de fato partilhado e esteja em todas as mesas, que haja Terra para quem planta, Teto para quem não o tem e haja dignidade que o Trabalho dá para todas, todos e todes.
Por Marina de Oliveira e Marcos Moura